Sexta Feira - 1 de Agosto
Levantar cedo, tomar banhos e pequenos almoços.
Arrumar o que faltava nas malas (três). Três malas cheias de roupa (também tinha outras coisas mas roupa era o que predominava) para 4 pessoas (duas crianças que apesar de não se sujarem muito não deixam de ser crianças) e dois adultos para 15 dias não me parece muito...
Rumar a casa dos sogros, deixar o carro e seguir no carro do sogro para o aeroporto.
Fazer check-up (in "prontos") e dar uma voltinha, seguir para porta de embarque, mais um tempinho e embarcar. Procurar lugares, sentar e apertar o cinto (R pequena age como se tivesse feito aquilo durante toda a sua vida e R grande está na boa a olhar pela janela). Levantar voo e ninguém acha nada de mais, tudo normal como se estivessem a andar de carro. Não há chuva de perguntas não há medo, nada...
Chagados a Barcelona e já com check-up feito de Lisboa seguir directo para porta de embarque. Embarcar de novo, procurar lugar, blá blá blá...
Chegamos a Palma de Maiorca e seguimos para o tapete das malas, esperamos, esperamos, esperamos começam as ditas a girar e a girar e a girar mas as nossas nem por isso, nada de girar nem rebolar nem deslizar, não davam à costa. Entretanto, outros como nós vão perguntar e o anormal diz para termos calma e continuarmos à espera e nós eperamos e esperamos e eesperamos e nada. Entretanto alguém decide ir procurar nos outros tapetes e lá estão as malas dos passageiros que seguiam connosco mas das nossas nem sinal...
Vamos ao balcão da Spanair, fazemos a nossa queixa, damos a discrição das malas (alta, magra, cabelo loiro, bigode e óculos) o contacto do hotel onde vamos ficar e o periódo da estadia e lá seguimos nós para o hotel, de mãos a abanar...
No hotel fazemos mais um check-up (mal será que tenhamos alguma doença e que não descubramos a tempo) e quando a Sra. da recepção me dá a factura para pagar (tinha ficado acordado que não dávamos nenhum sinal mas que faziamos o pagamento do alojamento no check-in) só estava facturada uma noite, acho estranho e digo no meu espanhiol:
- Que bamos a pagar?
- Una noche
diz a Petra (moça espanhola de nome, não se vê? mas que falava muito bem em Alemão)
- Mas ficamos de pagar la totalidad e no solo una noche!
continuo eu no meu espanhiol magnificamente fluente
- Mas so se quedan por una noche!
- No. Nos quedamos 14 noches.
Digo eu já a ficar em estado de choque (tu queres ver que amanhã temos que ir para debaixo da ponte?). Também, que anormal é que vai de Lisboa a Palma de Maiorca dormir uma noite???
Entretanto a Petra telefona para o Sr. que manda nas reservas e fica a saber que houve um engano na emissão da factura mas que a reserva estava bem feita. Subimos ao quarto a deixar as malas. Malas? Quais malas? Subimos ao quarto para inspeccionar e fazer um xixi enqaunto ela faz uma factura nova e voltamos para baixo "a pagar". Saímos para uma vuelta de reconhecimento local e voltamos para jantar. Saímos de novo para o belo do Expresso e voltamos para dormir.
Desfazer as malas para tirar os pijamas e os materiais de limpeza. Ah! É verdade! Não havia malas e por isso não havia pijamas nem materiais de limpeza (entretanto já tinhamos ido ao supermercado da zona para comprar os bens de primeira necessidade - escova de dentes, desodorizante e tal).
Não consigo dormir nada porque só penso nas putas das malas que com certeza resolveram passar a noite em Barcelona nas Ramblas e eu tão precisada delas.
Sábado - 2 de Agosto
Levantar cedo (7.30h da manhã porque lá já são 8.30h e o pequeno almoço é servido das 8 às 10) lavar e vestir a porcaria da mesma roupa (ca nojo, não há nada pior que tomar banho e vestir a mesma roupa) descer para o pequeno almoço, sair para a rua e ir comprar biquinis para 3 R's, calções de banho para o outro R, toalhas de praia e protector solar. Ir ao hotel mudar de roupa e seguir para a praia. Não íamos desperdiçar o primeiro dia de férias até porque não valia a pena ficar ali a chorar sobre as malas derramadas.
Praia óptima, água morna, R's a curtirem à brava, passam horas dentro dela (da água claro). Chega a hora do almoço e voltamos para o hotel, que fica ali ao virar da esquina. Chegamos ao quarto e o cartão não abre a porta. Tentamos 2 e 3 vezes e nada, não abre. Confirmamos que é mesmo aquela porta e nada. Sr. Marido desce à recepção e nós ficamos ali abandonadas à nossa sorte esperando que a dita porta se abra como que por magia.
Estou distraída a pensar na vida quando vejo sair do elevador o homem dos meus sonhos (o Sr. Marido claro) e 2 das nossas 3 malas. Foi uma alegria sem fim, corri para ele em camara lenta como se de um filme se tratasse e beijei-o enternecidamente (claro que não, esta parte era só para dar algum romantismo aqui à coisa).
Ao que parece tinham encontrado 3 malas que enviaram para o hotel mas só 2 eram nossas a outra era de um qualquer desgraçado que choramingava no seu querto de hotel desesperado porque tinha ficado sem a boneca insuflável. Ainda considerámos a hipótese de verificar se aquela mala tinha alguma coisa de jeito e ficar com ela em substituição da nossa mas depois com receio de que estivesse armadilhada nem lhe tocámos...
to be continued