Reboco, não era melhor???

Nós estamos num edifício XPTO novinho a estrear (quando pr’a cá viemos à 2 anos) e cheio de merdices estéticas mas muito pouco cosy, alegre ou até mesmo funcional. Os arquitectos quando idealizam estas estruturas estão-se a cagar para se a coisa vai ser bonita, confortável ou fácil de “utilizar”, eles querem é fazer um edifício com um desenho que sonharam e depois ficam à espera de receber um prémio qualquer pela inovação ou o diabo a quatro. Eles é que deviam vir para aqui trabalhar para ver como elas doem.

Voltando à carga, o edifício é todo modernaço e fashion mas anda tudo aflito com alergias de toda a espécie, desde cutâneas a respiratórias (eu mesmo e esta minha tosse, quem sabe?). Também quem é que se lembraria de fazer as paredes dos gabinetes de metal? É giro e tal, depois dá para utilizar um sem número de gadgets com imans para pendurar pela parede a fora e pespegar as fotos do cão do piriquito ou do papagaio. Depois de muito boa gente se ter queixado das alergias e de o próprio médico do trabalho nos confessar (dentro do gabinete e off the record) que o problema é do edifício, resolveram começar a fazer estudos ao mesmo (quase de impacto ambiental) e tiveram a ideia fantástica de retirar a lã de rocha que havia a separar os gabinetes e que também servia de insonorização. Resumindo e baralhando agora ouve-se tudo e mais alguma coisa de um gabinete para o outro, ouvem-se as conversas, o auscultador do telefone a poisar e a desligar, os dedos a teclar, até o chefe a coçar os ditos...

O mais engraçado é quando andam aos segredinhos uns com os outros, entram num gabinete e depois pedem muita desculpa e fecham a porta. Para quê??? Eles não sabem que se a gente quisesse ouvir a puta da conversa era só ir para o gabinete contíguo e aguardar??? Tonhós!!!