Faz hoje precisamente 3 anos que parti rumo à Finlândia com o pessoal do office em viajem de incentivos. Ao regressar escrevi este resumo “histórico” do que se passou, para memória futura e hoje pespego aqui com ele como que para reviver.
Muita neve, muito frio mas também muita "bubida", só para aquecer claro!!!
Foi muito divertido e aconteceu de tudo um pouco, desde quedas aparatosas a pé ou em qualquer dos meios de transporte por nós utilizados (trenós puxados por variadíssimas espécies de mamíferos - renas e huskies e motas de neve). Eu própria fui vítima de um aparato do género em ambos os meios de trasnporte mas nunca pelo meu próprio pé.
Fui arrastada por cinco cães em fúria quando o meu trenó decidiu tombar e, ao ver que não havia mais nada a fazer resolvi abandonar o dito, os cães desapareceram com o trenó e eu e o meu companheiro de odisseia ficámos os dois sozinhos naquela imensidão de neve e pinheiros até que um guia teve a bondade de nos resgatar numa mota de neve.
Quando fomos andar pela segunda vez de motas de neve e ao constatarmos que tinhamos sido dos únicos a não cair, resolvemos fazê-lo para não parecer mal e também para aproveitarmos todas as experiências possíveis, em muito boa hora o fizemos porque não fora o meu excelente sentido de orientação ainda hoje lá estavamos à procura do resto do pessoal que teimou em seguir viagem sem nós...
Em relação à população, não é aconselhável a homens solteiros em busca de companhia, o povo Filandês é antipático, cabisbaixo e triste (se calhar também frio - não tive ocasião nem vontade de experimentar) mas quando a noite chega soltam literalmente a franga e enlouquecem (com os copos claro ou o frio ou até talvez a proximidade com a Transilvânia e o facto de estar Lua Cheia - muitas favoráveis em conjugação) e então vale tudo, homens com homens, mulheres com mulheres e vão trocando ao longo da noite para não enjoarem.
Metem-se com tudo e com todos e os nosso colegas homens sofreram na pele as agruras de serem o sexo fraco naquele ponto Lat/Long do hemisfério Norte.
Dormimos uma noite no hotel do gelo (na saudosa Rovanemi) e devo dizer que a experiência é no mínimo tenebrosa, a zona dos quartos consta de um bloco escavado no gelo com um corredor a meio e portas baixinhas (tipo casa dos sete anões) por onde entramos agaixados para os nossos quartinhos muito aconchegantes e quentinhos (-5º).
Houve muito boa gente que não teve coragem para tal mas devo dizer que se dorme lá muito bem, completamente enterrados vivos dentro de dois sacos cama especiais sobre um bloco de gelo a que carinhosamente chamam cama.
Quanto ao Pai Natal (sim porque também o fomos visitar) é um Sr. muito simpático mas a contar pelo tempo que tem que estar sentado a tirar fotos com tudo e com todos, não me parece que tenha tempo para ler cartas e entregar prendas no Natal, já não acredito nele!!!
E pronto, depois de fazermos o nosso ritual de passagem do Circulo Polar Ártico e de sabermos que iremos todos lá voltar em forma de rena (o que não é muito agradável porque não me parece que os animaizinhos tenham um pingo de inteligência por aqueles cornos abaixo - e posso dizer isto sem ofender) alguns até como renas brancas, uma casta especial de renas apenas para cobrição mas, "who tha fuck cares" e depois de a minha equipa ter vencido em honestidade (sim porque houve também um vencedor em pontuação - estranho não???) as olimpíadas do gelo, nada mais há a relatar...